JUSTIFICATIVA:

 

Os recursos naturais são elementos da natureza que são úteis ao homem no processo de desenvolvimento da civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em geral. Podem ser renováveis, como a energia do Sol e do vento; não renováveis, como o petróleo e minérios em geral e, no caso da água, do solo e das árvores, que são considerados limitados, são chamados de potencialmente renováveis.

 

Os recursos naturais incluem tudo o que ajuda a manter a vida: o solo, a radiação solar, a água, o ar, as plantas, os animais, os combustíveis e os minerais. No entanto, todos são finitos. Entretanto, se fizermos uma gestão cuidadosa desses recursos, poderemos continuar a aproveitá-los, sem comprometer a nossa qualidade de vida e a das gerações futuras.

 

Os recursos naturais são componentes, materiais ou não, da paisagem geográfica, mas que ainda não tenham sofrido importantes transformações pelo trabalho humano e cuja própria gênese é independente do homem, mas aos quais lhes foram atribuídos, historicamente, valores econômicos, sociais e culturais. Assim, recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para sua manutenção. Em suma, recurso natural é algo que tem utilidade em si mesmo.

 

Árvores e vegetações em geral podem ser renováveis. Se, por um lado, os recursos naturais ocorrem e se distribuem segundo uma combinação de processos naturais, por outro, sua apropriação ocorre segundo valores humanos. Além da demanda, da ocorrência e de meios técnicos, a apropriação dos recursos naturais pode depender também de questões políticas, sobretudo, quando se caracterizam como estratégicos.

 

Modernamente, há uma grande preocupação com os recursos naturais, no que tange à sustentabilidade do meio ambiente. Visa proteger esses recursos e, na medida do possível, recuperar o que pode ser recuperado. No presente caso, ações como replantio são essenciais nos dias atuais, sendo necessária a conscientização de toda a população e do Poder Público.

 

Segundo edição do Jornal Cruzeiro do Sul de 19 de junho de 2013, 36 (trinta e seis) das 44 (quarenta e quatro) árvores que foram retiradas são de espécies exóticas. Há também oito nativas, como palmeira-jerivá (Syagrus romanzoffiana), ipê (Tebebuia sp), unha-de-vaca (Bauhinia sp), quaresmeira (Tibouchina granulosa) e paineira (Caibaspeciosa).

 

De acordo com a Prefeitura, a supressão das espécies arbóreas é necessária para que haja o início da construção do viaduto do Complexo Governador José Franco Montoro, obra do Programa Sorocaba Total, que ligará a nova avenida J.J. Lacerda à Avenida Ipanema.

 

A compensação ambiental, segundo a Prefeitura, foi feita no ano passado durante a 2º edição do Megaplantio, quando dezenas de árvores foram plantadas na Avenida Itavuvu, próximo ao Parque Tecnológico.

 

Como se tem observado, a população tem manifestado descontentamento face à supressão dessas árvores nativas e das árvores exóticas de nossa cidade. Mesmo com a alegação de que essas árvores foram extirpadas por estarem condenadas, os munícipes não ficaram plenamente convencidos dessa necessidade.

 

Como dito e ora repisa-se, os recursos naturais são componentes, materiais ou não, da paisagem geográfica da cidade, compõem a história, a cultura, os valores de uma população, pois lhes foram atribuídos, historicamente, valores econômicos, sociais e culturais. Assim, os recursos naturais são quaisquer insumos de que necessitem para sua manutenção (e existência) os organismos, as populações e os ecossistemas. Por conta disso, sua supressão deve ser cuidadosamente analisada e, se imprescindível, amainada suas conseqüências o máximo possível pelo Poder Público.

 

Por conta da importância dos fatos esposados, e da grande conquista que representa a conscientização da sustentabilidade ambiental, e para que esta torne-se um marco cultural na história de nossa cidade e como forma de garantir e de promover tais atitudes, é que pedimos o apoio e a aprovação do presente projeto.